domingo, 18 de fevereiro de 2018

[ENTREVISTA] Airton Júnior

Fala galera, tudo certo? Espero que sim :)

Depois de um longo tempo sem postar volto aqui no "Home Studio e Produção Musical" com a primeira matéria de 2018 que por sinal fala a respeito de um grande musico, produtor e amigo.
Hoje bato um papo bem bacana com Airton Júnior.

BIO:

Airton Júnior iniciou os estudos de música aos 6 anos de idade e no decorrer da trajetória profissional dedicou-se também ao aprimoramento de outras linguagens artísticas.
É formado pelo “Conservatório Musical Souza Lima” no CDA (Curso Dinâmico de Áudio) e Bacharelado em Audiovisual pelo “Centro Universitário Senac”.
Como violonista, participou do programa de TV “Encontro com Fátima Bernardes”, do evento de caráter mundial “TEDx” na Sala São Paulo e de canais do youtube de grande reconhecimento, como por exemplo, “Elefante Sessions”, “Sofar Sounds”, entre outros. 


Como produtor musical e em estúdio atuou com nomes importantes da nova cena musical, entre eles Indy Naíse, Camila Trindade, Tchelo Gomez.
Em gravações externas, operador de som e mixagem atuou ao lado de nomes como Jota Pê, Projeto Contraponto, Yasmin Olí, Banda 4a Feira de Cinzas e conta com a experiência de sonorizar palcos importantes como do Teatro Guarany pela “A.I.S Gota de Leite”.
No Audiovisual atua como monitor no Curso de Cinema “É Nóis na Fita” e realiza trabalhos em seu estúdio, tendo como grande marco o vídeo “Ancestralidade”, veiculado pela página brasileiríssimos, e que atingiu mais de 100.000 visualizações. 





Confira a entrevista abaixo:


H.S.P.M

Como você escuta música atualmente?

Não só atualmente, mas desde que me entendo como músico, eu escuto música
buscando aprendizado, mesmo que muitas vezes tenha feito isso
inconscientemente.
Hoje, com mais maturidade musical, eu sei que dificilmente a música passará
por mim somente como entretenimento, então fico sempre com os ouvidos
abertos, buscando novas referências e possibilidades.


H.S.P.M
Você gosta mais de ouvir streaming ou ainda ouve cd, vinil?
Eu tenho todos esses meios de reprodução no meu dia a dia, porém, pela
praticidade, acabo consumindo muito mais via streaming.
Eu acho interessante a possibilidade de ouvir em todos esses meios e, se
possível, as mesmas músicas para comparar as diferenças que cada mídia possui.
Falando em termos de acessibilidade, o cd e principalmente o vinil tornam-se
um pouco mais complicados de consumir, pois além do aspecto financeiro, há
uma questão recente que vem surgindo no mercado que é o fato de muitos
artistas não lançarem mais mídia física.


H.S.P.M

Mudaria algo no cenário musical nacional? O que?

Sim. Eu mudaria muita coisa (risos). Primeiramente a figura que a indústria
musical impõe para o consumo nos grandes veículos de comunicação.
Há muita gente com qualidade e com temas importantes de serem discutidos
na nossa atualidade, porém com um espaço bem limitado.
Isso entra em outro ponto que é estar aberto ao novo e cabe exclusivamente
ao público essa pesquisa e aceitação.
Temos na Internet uma grande possibilidade de conhecer novas propostas
artísticas e revolucionar o mercado.
Os tempos são outros e precisamos nos adaptar.
Falo com toda a certeza que há muita coisa legal rolando por ai, é só ir atrás.
Os artistas, principalmente aqueles que estão na carreira independente,
precisam do apoio do público que pode ajudar consumindo músicas via
streaming, compartilhando nas redes sociais, comprando cds, assistindo
shows e até mesmo participando de projetos de financiamento coletivo.
Já as leis de incentivo à cultura precisam de fiscalização e revisão em
sua forma de distribuição, pois atualmente ela não é democrática.


H.S.P.M

O que você ouviu de música no dia dessa entrevista?

Não vou mentir (risos), até o momento da entrevista não consumi nada,
porque a demanda de trabalho foi grande, mas posso dizer o que venho
consumindo nos últimos dias e vou recorrer inclusive à lista do spotify para
me ajudar.
Eu ouvi bastante coisa distinta, como Ibeyi, Gavi, Xenia França, artistas que
tive o privilégio de trabalhar como Indy Naíse, Tchelo Gomez e Banda 4a Feira
de Cinzas, amigos como Camila Brasil e Jota Pê, clássicos como
Baden Powell e Nina Simone, hits atuais como Anitta, sem contar as produções
que estou trabalhando no momento.


H.S.P.M

Qual recado você daria para quem está começando no mundo da música?

Estudar, estudar, estudar e sempre manter a humildade para estudar mais
um pouquinho.
Além disso, acredito que precisamos estar ligados em tudo que acontece e
trazer o que puder como aprendizado. Fora isso, foco, muita determinação
e trabalho!


Gostaram? Espero que tenham curtido a entrevista com esse fera da música.
Lembrando que pra quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do Airton Júnior aqui vão os links:
www.facebook.com/airtonjuniormusico www.facebook.com/guaiubaproducoes www.instagram.com/airtonjuniormusico Se curtiu essa matéria comente, deixe sua opinião e compartilhe o blog.
Obrigado por ceder essa entrevista Airton Júnior, o blog H.S.P.M agradece.
Um abraço a todos.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

[DICA] "Processamento vocal + efeito vocoder"

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria fala a respeito de processamento vocal e também da criação de efeitos especiais na sua mixagem.

Em praticamente todas as músicas atuais que escutamos houve algum tipo de "melhoria" no áudio original gravado.

Quando cito "melhoria" me refiro ao uso de plugins ou outboards para processar o áudio de forma que seu resultado final fique mais agradável e inteligível.

Leia mais sobre plugin aqui.

Isso exige o uso de equalização, compressão, saturação, efeitos de ambiência etc etc, sejam eles digitais ou analógicos.

Na música pop atual encontramos várias camadas de instrumentos gravados, sintetizadores, batidas eletrônicas e vários efeitos especiais em determinadas partes da música.

Claro que não é uma regra e normalmente tudo depende da necessidade que a produção exige e também o fator criativo e artístico do produtor.

Em minhas sessões de mixagem sempre busco referências com o próprio artista (afinal é ele que tem o som na mente) e acaba influenciando as decisões tomadas no decorrer de todo processo.

Independentemente do estilo musical eu sempre uso um padrão para trabalhar os vocais gravados e assim poder "melhorá-los".

Resumindo, minha FX chain fica assim:

1 - Saturação (um plugin específico ou até mesmo um pré amp virtual para dar uma aquecida no som).

2 - Equalizador (uma equalização corretiva).

3 - Compressor (nivela o áudio).

4 - Equalizador (equalização artística).

5 - De-esser (caso esteja muito sibilante).

6 - Simulação de tape (ajuda a colar a mix).

Lembrando que não é uma regra e sim minha metodologia de trabalho ok?

Com tudo isso feito eu parto para os efeitos de ambiência, eco etc etc. Nessa etapa eu trabalho com canais auxiliares e doso a quantidade de efeito aplicado pelo send do canal original gravado.

Isso é papo para outro assunto que em breve sai aqui no blog.

Por fim, dependendo da necessidade da música, podemos adicionar os efeitos especiais que citei lá em cima.

São detalhes que podem enriquecer ainda mais as tracks gravadas e dar ao ouvinte uma sensação de preenchimento na música.

No vídeo no final da matéria explico rapidamente como criei um efeito vocoder para adicionar em apenas um trecho do vocal principal.

Para quem quiser tentar segue aqui um passo a passo:

1 - Crie um novo canal e insira o plugin de vocoder (nesse caso utilizei o Reavocode do próprio Reaper).





2 - Crie outro canal e insira um instrumento virtual com timbre de sua preferência (no vídeo utilizei o sampletank).






3 - Faça o envio da track de voz para o canal que está inserido o vocoder.






4 - Faça o envio da track do instrumento virtual para o canal que está inserido o vocoder.





5 - Retorne no plugin de vocoder e habilite 4 entradas no seu fluxo de sinal.






6 - Clique na janela I/O do canal do vocoder e habilite 1/2 para o instrumento virtual e 3/4 para a voz.




7 - Caso tenha feito corretamente, os sinais já devem estar funcionando.

Resumindo...

Toda vez que a voz tocar uma cópia dela sairá no canal do vocoder

Com esses sinais tocando basta pressionar o acorde desejado no seu controlador para fazer os sons se unirem e o efeito vocoder funcionar.

Confira o vídeo clicando no link.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

[DICA] "Organizando o projeto de mixagem"

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria fala sobre organização de projetos na sua DAW.

Leia mais sobre DAW aqui.


Quando gravamos no mundo digital várias waveforms são criadas na tela do software e ficam armazenadas no HD do computador.
Todas as sessões de gravação que faço seja ela ao vivo ou um por um, desenvolvo sempre a mesma metodologia na parte de organização de projeto.
É sempre bom ter apenas os takes que serão usados na sessão e também consolidar as tracks depois de uma edição mais detalhada como a de tempo por exemplo.
Além disso, utilizo as cores tanto nos takes como nas tracks para uma melhor visualização do projeto e identificação mais rápida de algum instrumento no meio da mix.
Na imagem abaixo tem um belo exemplo de como inicio as sessões de mix e para quem quiser tentar segue aqui um passo a passo.

1 - Crie um novo projeto apenas com os áudios originais que entrarão para o projeto.


2 - Com seu novo projeto consumindo bem menos espaço em HD, inicie toda a parte de cores, ícones e nomes para as tracks.


3 - Insira markers ou regions para uma navegação mais rápida em determinadas partes da música.



4 - Inicie as edições de tempo, afinação, limpeza de vazamentos etc etc.

5 - Depois de terminar as edições, consolide todas as tracks e utilize a função "clean current project directory". Essa ação vai limpar todos arquivos inutilizáveis de projeto.


6 - Agora começa o processamento com plugins e logo depois a MIX.

Leia mais sobre plugins aqui.

*Observação*

Isso tudo pode demorar tempo mas é a maneira mais eficiente de se trabalhar.
O Reaper te ajuda a fazer isso automaticamente mas para isso basta configurar da maneira certa.

Mas isso é papo pra outro assunto.

Boa mix pessoal!