sexta-feira, 6 de maio de 2016

[DICA] "Processamento vocal + efeito vocoder"

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria fala a respeito de processamento vocal e também da criação de efeitos especiais na sua mixagem.

Em praticamente todas as músicas atuais que escutamos houve algum tipo de "melhoria" no áudio original gravado.

Quando cito "melhoria" me refiro ao uso de plugins ou outboards para processar o áudio de forma que seu resultado final fique mais agradável e inteligível.

Leia mais sobre plugin aqui.

Isso exige o uso de equalização, compressão, saturação, efeitos de ambiência etc etc, sejam eles digitais ou analógicos.

Na música pop atual encontramos várias camadas de instrumentos gravados, sintetizadores, batidas eletrônicas e vários efeitos especiais em determinadas partes da música.

Claro que não é uma regra e normalmente tudo depende da necessidade que a produção exige e também o fator criativo e artístico do produtor.

Em minhas sessões de mixagem sempre busco referências com o próprio artista (afinal é ele que tem o som na mente) e acaba influenciando as decisões tomadas no decorrer de todo processo.

Independentemente do estilo musical eu sempre uso um padrão para trabalhar os vocais gravados e assim poder "melhorá-los".

Resumindo, minha FX chain fica assim:

1 - Saturação (um plugin específico ou até mesmo um pré amp virtual para dar uma aquecida no som).

2 - Equalizador (uma equalização corretiva).

3 - Compressor (nivela o áudio).

4 - Equalizador (equalização artística).

5 - De-esser (caso esteja muito sibilante).

6 - Simulação de tape (ajuda a colar a mix).

Lembrando que não é uma regra e sim minha metodologia de trabalho ok?

Com tudo isso feito eu parto para os efeitos de ambiência, eco etc etc. Nessa etapa eu trabalho com canais auxiliares e doso a quantidade de efeito aplicado pelo send do canal original gravado.

Isso é papo para outro assunto que em breve sai aqui no blog.

Por fim, dependendo da necessidade da música, podemos adicionar os efeitos especiais que citei lá em cima.

São detalhes que podem enriquecer ainda mais as tracks gravadas e dar ao ouvinte uma sensação de preenchimento na música.

No vídeo no final da matéria explico rapidamente como criei um efeito vocoder para adicionar em apenas um trecho do vocal principal.

Para quem quiser tentar segue aqui um passo a passo:

1 - Crie um novo canal e insira o plugin de vocoder (nesse caso utilizei o Reavocode do próprio Reaper).





2 - Crie outro canal e insira um instrumento virtual com timbre de sua preferência (no vídeo utilizei o sampletank).






3 - Faça o envio da track de voz para o canal que está inserido o vocoder.






4 - Faça o envio da track do instrumento virtual para o canal que está inserido o vocoder.





5 - Retorne no plugin de vocoder e habilite 4 entradas no seu fluxo de sinal.






6 - Clique na janela I/O do canal do vocoder e habilite 1/2 para o instrumento virtual e 3/4 para a voz.




7 - Caso tenha feito corretamente, os sinais já devem estar funcionando.

Resumindo...

Toda vez que a voz tocar uma cópia dela sairá no canal do vocoder

Com esses sinais tocando basta pressionar o acorde desejado no seu controlador para fazer os sons se unirem e o efeito vocoder funcionar.

Confira o vídeo clicando no link.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

[DICA] "Organizando o projeto de mixagem"

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria fala sobre organização de projetos na sua DAW.

Leia mais sobre DAW aqui.


Quando gravamos no mundo digital várias waveforms são criadas na tela do software e ficam armazenadas no HD do computador.
Todas as sessões de gravação que faço seja ela ao vivo ou um por um, desenvolvo sempre a mesma metodologia na parte de organização de projeto.
É sempre bom ter apenas os takes que serão usados na sessão e também consolidar as tracks depois de uma edição mais detalhada como a de tempo por exemplo.
Além disso, utilizo as cores tanto nos takes como nas tracks para uma melhor visualização do projeto e identificação mais rápida de algum instrumento no meio da mix.
Na imagem abaixo tem um belo exemplo de como inicio as sessões de mix e para quem quiser tentar segue aqui um passo a passo.

1 - Crie um novo projeto apenas com os áudios originais que entrarão para o projeto.


2 - Com seu novo projeto consumindo bem menos espaço em HD, inicie toda a parte de cores, ícones e nomes para as tracks.


3 - Insira markers ou regions para uma navegação mais rápida em determinadas partes da música.



4 - Inicie as edições de tempo, afinação, limpeza de vazamentos etc etc.

5 - Depois de terminar as edições, consolide todas as tracks e utilize a função "clean current project directory". Essa ação vai limpar todos arquivos inutilizáveis de projeto.


6 - Agora começa o processamento com plugins e logo depois a MIX.

Leia mais sobre plugins aqui.

*Observação*

Isso tudo pode demorar tempo mas é a maneira mais eficiente de se trabalhar.
O Reaper te ajuda a fazer isso automaticamente mas para isso basta configurar da maneira certa.

Mas isso é papo pra outro assunto.

Boa mix pessoal!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

[DICA DE PLUGIN] Ignite Amps SHB-1

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria fala sobre o belo plugin SHB-1 da empresa Ignite Amps.

Pra quem não conhece, a Ignite Amps é uma empresa desenvolvedora de plugins e hardwares que iniciou suas atividades em 2006.


De lá pra cá, vários produtos desenvolvidos por eles chegaram ao mercado musical com bastante aceitação dos usuários, tanto amadores como profissionais.

Leia mais sobre plugin aqui.


O SHB-1 nasceu de um pedido feito pelo baixista 
Federico Fulceri e é a cópia do hardware original feito exclusivamente para ele.

Como a empresa é conhecida por seu estilo digamos mais "agressivo", eles simplesmente desenvolveram o SHB-1 original com incríveis 1300 watts.

Claro que no plugin não temos toda essa parte de construção, componentes, potência e tudo mais. Mas todo o sinal que o som percorre foi simulado do equipamento original.


O SHB-1 é um amplificador de contrabaixo valvulado que pode ser utilizado diretamente no insert da track para monitoramento da gravação e até mesmo um futuro reamp, como também para o timbre final da sua track de contrabaixo.

Reparem a semelhança no design gráfico frontal do plugin comparando com o cabeçote original.




Plugin


Hardware



A operação é bem fácil e intuitiva até por conta de se parecer bastante com o equipamento real.

Na parte frontal encontramos alguns controles como:

Gain: Controla a quantidade de saturação do seu som.
Bass: Controla a equalização das frequências graves.
Mid: Controla a equalização das frequências médias.
Treble: Controla a equalização das frequências agudas.

Balance: Controla a mistura do som original com o processado pelo equalizador.

Volume: Controla o volume de saída do pré amp mas não o volume final.
Deep: Controla a quantidade de frequências graves (até uns 200Hz).
Bright: Controla a quantidade de "brilho/ataque" das notas.
Shape: Controla a quantidade das frequências médias.

Já na parte traseira encontramos alguns ajustes importantes tais como:

Oversampling: Altera a taxa de amostragem de processamento interno entre 2x4x e 8x.
Input: Controla a quantidade de sinal que entra no SHB-1.
Output: Controla a quantidade de sinal que sai no SHB-1.







Além de ser um plugin gratuito com excelente timbre o SHB-1 se sai muito bem no quesito processamento.

É bem leve e não pesa na track como outros simuladores que testei há alguns anos.

Sem contar que se tiver algum tipo de lentidão no processamento, pode-se ajustar os valores de oversampling na parte traseira do mesmo.

Kim Akay que é meu parceiro de banda no Maçã de Cesto gravou uma pequena amostra sem e também com o SHB-1.

Você pode conferir aqui.

Pra quem se interessou e quer fazer o download desse belo plugin é só acessar a página do desenvolvedor.

http://www.igniteamps.com/

Agradecimento especial ao Kim Akay que gravou a amostra sonora.

Page do Kim no facebook:

https://www.facebook.com/Kim-Akay-1578677452461625/timeline




quinta-feira, 28 de abril de 2016

[DICA DE LEITURA] "Minha vida gravando os Beatles"

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria é sobre uma dica de leitura muito interessante do livro "Minha vida gravando os Beatles".

Com o título de "
Here, There And Everywhere - Minha Vida Gravando Os Beatles", conta detalhes descritos por Geoff Emerick que na época trabalhou com os famosos Fab Four no auge da banda.

Muita coisa da sua trajetória está no livro desde o início como assistente até assumir o posto de engenheiro de som nas sessões de gravação dos discos "Revolver", "Sgt Peppers" e "Abbey Road".

Vale muito a pena conferir esse grande livro principalmente para quem é apaixonado pelo mundo das gravações e quer saber em detalhes todo processo criativo da banda, detalhes das gravações de cada música e também revelações da personalidade de cada integrante dos Beatles.





segunda-feira, 4 de abril de 2016

[REVIEW] Hartke Bass Attack

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria fala um pouco sobre o pedal BASS ATTACK.

O BASS ATTACK é um pré amplificador/modelador de timbres fabricado pela empresa HARTKE pertencente ao grupo SAMSON TECHNOLOGIES.


A SAMSON iniciou suas atividades no ano de 1980 e logo ficou conhecida pela sua seriedade e qualidade de seus produtos.

Em 1985 a HARTKE entra em jogo trazendo seu revolucionário "cone de alumínio" para o mundo dos graves fazendo com que os baixistas ficassem espantados com sua sonoridade incrível.


Hoje em dia é praticamente impossível os baixistas não conhecerem a marca, seus amplificadores e pedais.




No painel superior temos os controles listados abaixo.

HARMONICS: Controle dos harmônicos como se fosse um drive valvulado.
MIX: Controla a quantidade de sinal seco/processado.
SHAPE: Ajuste de equalização das frequências pré definidas pelo circuito (90Hz até 1KHz).
LEVEL: Controle de volume de saída.
BASS: Ajuste de acréscimo ou atenuação das frequências graves.
TREBLE: Ajuste de acréscimo ou atenuação das frequências médios/altas.
BRITE: Ajuste de acréscimo ou atenuação das frequências altas. 
CHAVE SHAPE: Liga desliga da função SHAPE.
ON/OFF: Liga desliga o pedal.




Já do lado esquerdo temos algumas entradas e chaves como:

ENTRADA DE ALIMENTAÇÃO: 9V (pino central negativo).
CHAVE PHANTOM: Alterna entre a alimentação da fonte ou bateria.
LINE OUT: Saída de linha P10.
DIRECT OUT: Saída XLR balanceada.
CHAVE PRE/POST: Faz a seleção entre saída (sem efeito) ou saída com o sinal já processado.




Na lateral direita encontramos a entrada de instrumento e também uma saída paralela que pode ser usada para mandar o sinal original para um amplificador/retorno do musico como se fosse um Direct Box. Leia mais sobre direct box aqui.




Na parte debaixo temos o compartimento para bateria 9V com acesso muito prático. Temos também 2 parafusos assim como nas laterais, quando retirados, dão acesso ao circuito interno do pedal.
Os pés são emborrachados com duas tiras bem fixas e que não deixam o pedal derrapar quando em uso.




Com uma ótima montagem, carcaça bem resistente feita em alumínio, bons controles que respondem bem os ajustes de cada função, alimentação por fonte e bateria, saídas de linha P10 e XLR, saída paralela estilo direct box, o BASS ATTACK se mostra muito útil para os baixistas que precisam de um pedal compacto com várias funções e um ótimo timbre.

Seu preço aqui no Brasil fica em torno de R$600,00 até R$1100,00 dependendo da loja.





terça-feira, 1 de março de 2016

[ENTREVISTA] Elizeu Custódio

Fala galera, tudo certo?

Hoje a matéria é sobre uma entrevista que fiz com o Elizeu Custódio.

Baixista da cidade de Guarujá litoral paulista, começou estudando violão aos 8 anos de idade e após alguns anos teve seu caminho musical voltado ao baixo elétrico.
Em 2008 lançou seu primeiro disco intitulado Graves Harmonias.

Em 2010 participou do IBT BASS FESTIVAL realizado por Celso Pixinga e Fabio Dubaixo na cidade de Santos.

Também participou em shows de música instrumental nos mais variados lugares como SESC e casas de jazz. Em 2012 gravou seu segundo disco chamado Elizeu Custódio QUARTETO que foi mixado pelo grande baixista Thiago Espirito Santo. Tocou com músicos importantes como Claudio Celso (guitarrista renomado de jazz), Kenny Brown (funk e blues) de New Orleans, Mauro Hector (blues e jazz), Robson Nascimento (black music gospel), Celso Lago (MPB), entre outros.
Atualmente realiza workshop e produções musicais, atua como professor em aulas particulares na cidade de Guarujá além de trabalhar no Projeto de música Fundação 10 de Agosto na cidade de Bertioga.

 




Confira a entrevista abaixo:


H.S.P.M:
Como você escuta música atualmente?

Tenho cds de músicos que sempre gostei de ouvir. Alguns já ouvi centenas de vezes mas a cada vez que ouço novamente fica mais agradável pois gosto do processo de ouvir sem conhecer e depois ouvir já conhecendo (risos). 
É super interessante quando você escuta um tema onde a melodia e harmonia já se tornaram algo familiar na sua mente. Dessa forma consigo acompanhar o raciocínio dos músicos e aprendo muito com suas ideias melódicas e harmônicas. Estou sempre ouvindo diariamente nos mais diversos lugares.

H.S.P.M:
Você gosta mais de ouvir streaming ou ainda ouve cd, vinil?

Infelizmente no vinil escuto um pouco menos devido a falta de aparelho mas gosto muito. No carro sempre tem um cd de jazz tocando e em casa com um fone de ouvido estou sempre conectado nos sites de música. É onde mais gosto de ouvir e assistir.  

H.S.P.M:
O que você mudaria no cenário musical nacional?

Difícil resumir mas acredito que a mídia (tv e rádio), tem muita força naquilo que traz para dentro de nossas casas. 
O que estamos consumindo (musicalmente falando), é o que a mídia nos oferece. Principalmente para aqueles que não tem acesso a uma música de qualidade através da internet, cds etc. 
Se pudesse, umas das primeiras coisas que mudaria seria o conteúdo musical que a televisão e rádio nos oferece. De forma lenta, a música tem chegado até algumas escolas (tenho visto isto na prática). Mas sem o apoio da mídia, o bom trabalho realizado por alguns profissionais da área se torna a longo prazo, porém já é uma luz no fim do túnel (risos).

H.S.P.M:
O que você ouviu de música no dia dessa entrevista?

Poxa, algumas coisas que ouço diariamente. Falarei apenas dos baixistas que ouvi hoje como Dario Deidda e Gary Willis. Sempre estou assistindo e ouvindo estes dois pois me influenciam muito. Cada um na sua linguagem. Claro que poderia citar muitos outros mas sendo fiel a pergunta, o que ouvi hoje foram esses dois. 

H.S.P.M:
Qual recado você daria para quem está começando no mundo da música?

Estude ainda mais o que você já está estudando e pratique diariamente. Existe um preço a pagar quando você deseja ser um ótimo musico e todo esforço será recompensado com o passar dos anos.
Crie uma identidade com algum instrumento. Você pode tocar vários mas é importante que sua imagem seja associada a algum instrumento para que você possa ser lembrado através dele.
Fique próximo de músicos que possam acrescentar alguma coisa, seja no aspecto musical ou comportamental, (completa o baixista).

Pra quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do Elizeu Custódio aqui vão os links:
Youtube
Facebook

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Obrigado por ceder essa entrevista Elizeu Custódio, o blog H.S.P.M agradece.
Um abraço a todos.